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segunda-feira, 5 de novembro de 2012


Pra você guardei o amor que nunca soube dar,
O amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar
Sem entregar e repartir

Pra você guardei o amor, que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar, sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar e permitir

Quem acolher o que ele tem e traz quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar

Guardei,sem ter porque, nem por razão
Ou coisa outra qualquer, além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei vendo em você
E explicação, nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris risca ao levitar

Vou nascer de novo lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço do seu lar

Quem acolher o que ele tem e traz quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar

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